Lakers de 2022 é a maior vergonha da história

Time californiano corre risco de ser eliminado na noite desta terça-feira

Lakers 2022 vergonha história Fonte: KEVORK DJANSEZIAN/AFP

Ei, torcedor do Los Angeles Lakers, você está chateado? Então, calma que as coisas ainda podem piorar (e muito). Antes de qualquer coisa, é necessário dizer que o Lakers de 2022 é a maior vergonha da história da NBA. Se classificando ao play-in ou não. Passando para os playoffs após isso ou não. O atual elenco conseguiu a proeza de passar de candidato ao título a um time horroroso em pouco tempo.

A equipe de Los Angeles fez mudanças após o título em 2020, mas o time ficou enfraquecido por lesões de Anthony Davis e LeBron James antes da fase de mata-mata. E, quando se esperava um Lakers competitivo em 2021/22, houve uma piora significativa em diversos setores. Ah, claro, Davis e LeBron se machucaram novamente. O único saudável por todo o período foi um inoperante Russell Westbrook.

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Nesta terça-feira (5), sem LeBron (lesão no tornozelo), o Lakers encara o Phoenix Suns podendo ser eliminado de forma precoce. Basta uma vitória do Suns e um triunfo do San Antonio Spurs sobre o Denver Nuggets e o estrago estará confirmado.

Embora, no papel, e antes da temporada, o elenco tivesse condições de mostrar um resultado diferente, o atual 11° lugar no Oeste é a realidade.

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A troca errada

Russell Westbrook chegou ao Los Angeles Lakers para fazer algo que LeBron James já fazia. Portanto, só por isso essa troca já não teria sentido. Embora a equipe precisasse de um armador melhor que Dennis Schroder, o histórico mostra que tal jogador precisa ser arremessador. Do contrário, não funciona. Foi assim com Delonte West, Daniel Gibson e Mo Williams no Cleveland Cavaliers, na primeira fase, e Kyrie Irving, na segunda, assim como Mario Chalmers e Norris Cole no Miami Heat. Quando LeBron virou o armador, recheado de arremessadores, o Lakers foi campeão na “bolha” de Orlando.

Ou seja, não adianta nada ter outro organizador, precisa ser alguém que saiba definir as jogadas.

Apesar de DeMar DeRozan não ser exatamente um exímio arremessador, ele é um dos melhores nos lances de média distância. LeBron e o Lakers tinham um acordo verbal para contar com o jogador do Chicago Bulls, mas preferiram Westbrook.

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Por fim, a troca que seria por Buddy Hield já estava acertada. Obviamente, sabemos o que aconteceu. E não foi bom.

O resumo da temporada de 2022 é a maior vergonha da história do Lakers.

A falta de encaixe

Westbrook Lakers troca

AFP

Uma coisa levou a outra. Assim que Russell Westbrook chegou foi levantada a possibilidade de não haver encaixe. Claro que não fazia tanto sentido, mas é impossível apostar contra LeBron James. Mas o time fechou com vários arremessadores. No entanto, será que arremessar de três era o bastante?

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Sem o encaixe, vários dos arremessadores até foram bem: Wayne Ellington (39.3% em três pontos), Malik Monk (39.1%), Avery Bradley (39.1%), Carmelo Anthony (37.6%), Kent Bazemore (36.7%). O único reforço que não funcionou assim foi Trevor Ariza (27.0%). Só que falta o outro lado da quadra.

Um dos trunfos do Lakers nos últimos anos, a defesa, apanhou a temporada toda. Levou 114.8 pontos, a quinta que mais sofreu na temporada. Não tem como funcionar se você tem uma das piores no quesito.

Entretanto, Westbrook não é só a falta de arremesso. Ele também comete muitos erros de ataque, embora Frank Vogel tenha “desenhado” para que o armador fique cada vez menos com a bola nas mãos. Isso diminuiu a quantidade de turnovers, mas não existiu um reserva para ele por longo período. Desde a saída de Rajon Rondo para o Cleveland Cavaliers, o Lakers não teve quem entrasse em seu lugar durante os jogos, pois Kendrick Nunn não atuou por toda a campanha. Só recentemente chegou DJ Augustin.

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As lesões de Davis

Vamos lá. Anthony Davis sempre se machucou durante os jogos. Isso não é uma novidade para o Los Angeles Lakers. Não era, também, para o New Orleans Pelicans. Constantemente, Davis fazia check-in nos vestiários, mas voltava às quadras alguns minutos depois. Só que, quanto mais o corpo vai se machucando, pior fica no futuro.

Davis ganhou peso na atual temporada, o que não ajuda muito. Não que ele tenha se fortalecido, só ficou mais lento.

Quando estava recuperando a melhor forma física, nova lesão. E foi assim durante toda a campanha. Ele se recuperou, mas perdeu a forma. E segue lento. Embora tenha feito (em números) bons jogos desde o seu retorno, Davis terminou exausto. E não há tempo de melhora, a não ser que aconteça algum milagre de classificação.

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Apesar de Davis ter dito que todo mundo quer ver o Lakers perder, isso fica por conta do torcedor.

LeBron… Noé?

Nem todos os jogadores ao lado de LeBron James são ruins. Apenas não funcionaram juntos. O próprio Russell Westbrook teria uma temporada muito melhor se não estivesse no Los Angeles Lakers e seguisse no Washington Wizards. Provavelmente, faria campanha de triplo-duplo, ajudaria aquela equipe a ir aos playoffs e entraria no Jogo das Estrelas.

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Os arremessadores, tirando Trevor Ariza, todos teriam espaço em outros times. Wayne Ellington, Avery Bradley e Kent Bazemore poderiam estar em outras equipes, produzindo boas porcentagens de três. De novo, não todos juntos.

Dwight Howard até não foi tão mal. Teve jogos em que ele realmente ajudou, mas o esquema de Frank Vogel não é para ele.

Quem se salva ali, em 2022, após a maior temporada de vergonha da história do Lakers? O novato Austin Reeves, além de Carmelo Anthony, Malik Monk, Stanley Johnson e, claro, LeBron.

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Alternativas para o futuro

A diretoria do Los Angeles Lakers precisa pensar com carinho sobre o que vai fazer. Existem alternativas, mas uma delas é implodir tudo. Talvez seja um pouco drástico demais. No entanto, se ainda existe alguma chance com LeBron James, não dá para esperar muito.

Primeiramente, James está com 37 anos. Depois, ele tem contrato até a próxima temporada. Na atual condição, dificilmente o camisa 6 estenderia seu acordo, o que poderia deixar o time órfão. Se LeBron sai ao fim de 2022-23, o Lakers abre espaço em sua folha salarial, mas não ganha nada em troca.

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Pensando nisso, a diretoria precisa agir com maestria.

Todavia, não existem escolhas de draft. A de primeira rodada de 2022 é do New Orleans Pelicans ou do Memphis Grizzlies (na troca por Jonas Valanciunas). Em 2023, o Pelicans tem o direito de trocar de posição e, em 2024 e 2025, são de New Orleans. Ou seja, tem uma em 2023, mas não deve ser boa. Depois, só em 2026. Tudo isso na negociação por Anthony Davis.

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Para piorar, o Lakers não possui ativos, exceto Russell Westbrook, LeBron James e Davis. Um dos três precisa sair. Westbrook tem contrato até 2023 e não vai abrir mão dos US$44 milhões. Pode aparecer alguma troca para abrir espaço na folha salarial de alguma equipe, mas quem arriscaria?

E Davis, vale todo o investimento?

Trocas futuras envolvendo um dos três

Pensando inicialmente em Russell Westbrook, o Los Angeles Lakers pode conseguir uma troca por contratos expirantes. O New York Knicks pode ser uma opção, pois Alec Burks, Nerlens Noel e Derrick Rose vão entrar no último ano de seus acordos. Todos possuem contratos de team option. Ou seja, em 2023-24, eles poderão ser agentes livres se o Knicks quiser. Eles somam cerca de US$34 milhões em salários. Ou, ainda, o Sacramento Kings, com Harrison Barnes, Justin Holiday, Terence Davis e Alex Len somando US$32 milhões em expirantes ao fim de 2022-23. Tem aquela do Houston Rockets por John Wall, também…

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De qualquer forma, Westbrook ainda pode ajudar algum time. E o Lakers já se cansou dele e ele da torcida. Não há mais clima. Valor de mercado, porém, não existe a ponto de a equipe conseguir um astro.

Anthony Davis, por outro lado, é uma estrela que ainda pode colocar qualquer franquia competitiva em condições de brigar por título. Tem que contar com as lesões, também. É um pacote. Leva Davis, mas as contusões vão no colo.

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Por fim, LeBron James, é aquele mais complicado. Primeiro, porque se trata de LeBron. Depois tem o fato de que o próximo time precisa ter certeza que é para um tiro curto de, no máximo, dois anos. É para fazer o all-in.

Obviamente, se for Davis ou Westbrook, ficou claro que o Lakers não pode ter um outro armador das antigas, que prefere o passe. Ele precisa ser arremessador e saber defender. A bola vai ficar com James. No entanto, se LeBron for negociado, as coisas podem ser diferentes e o time teria que apostar em escolhas de draft. Não é muito típico do Lakers, mas é uma opção para não reviver uma nova vergonha em sua história, como em 2022.

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